Brasil corta orçamento visto como remédio inflação sólidos

* Banco do Brasil Central realiza pesquisa sobre os gastos

* Enquete mostra cortes poderiam conter a inflação de forma mais eficaz

Inquérito * vem como presidente eleito promete disciplina fiscal

Por Ana Nicolaci da Costa e Isabel Versiani

BRASÍLIA, 08 de novembro (Reuters) - O corte de gastos poderia ser uma forma mais eficaz para derrubar a inflação no Brasil do que o aperto monetário, uma pesquisa do Banco Central realizada com investidores nesta segunda-feira.

A redução da despesa do setor público equivalente a 1 por cento do produto interno bruto em 12 meses ajudaria a trazer a inflação para baixo, permitindo que a taxa básica de juros Selic a cair 100 pontos-base a partir de 10,75 por cento BRCBMP = IPI atualmente, mostrou a pesquisa.

"O objetivo é reduzir um desencontro de informação entre os participantes do mercado, bem como entre estes e os bancos centrais", disse o banco em um comunicado.

A pesquisa vem, com os investidores procuram garantias que o presidente eleito Dilma Rousseff vai conter os gastos, uma vez que ela assume o cargo em 2011 para alcançar taxas de juros de longo prazo, ajudando a aliviar a pressão sobre uma moeda forte.

Rousseff disse que ela iria manter os gastos do governo sob controle, mas descartou cortes no orçamento austero. Em seu discurso como primeiro presidente eleito, em 31 de outubro, ela foi rápida para reiterar seu compromisso com a despesa fiscal prudente.

O levantamento - o primeiro de seu tipo - destaca também uma crescente discrepância entre a perspectiva do banco central de inflação benigna e as expectativas de inflação de construção entre os participantes do mercado.

Um aperto equivalente a 1 por cento do produto interno bruto em um período de 12 meses seria raspar 0,32 pontos percentuais acima do valor de referência do índice de preços ao consumidor IPCA, de acordo com a mediana de 64 instituições financeiras consultados.

Tais aperto uma das contas fiscais seriam mais eficazes do que um aumento de 100 pontos-base nas taxas de empréstimos durante o mesmo período que só reduzir a inflação de 0,25 pontos percentuais, segundo a pesquisa.

O ministro das Finanças, Guido Mantega, disse recentemente que não faz sentido a ligação política fiscal mais apertada para reduzir as taxas de juros. Mas o banco central disse em seu último relatório de inflação que a esperada recuperação das contas fiscais do país no próximo ano, que ajudaria a conter as pressões inflacionárias.

Brasil equilíbrio orçamental deteriorou-se rapidamente neste ano eleitoral, com o valor excedente de 12 meses primária remanescente do orçamento abaixo da meta do governo 3,3 por cento em setembro, mesmo com enormes rendas extraordinárias serem contabilizados nesse mês.

A idéia é que os gastos mais controlados tiraria alguns dos estímulos alimentando as taxas de crescimento do país altas no primeiro semestre do ano, ao mesmo tempo, também abrindo caminho para as economias de maior e menor taxa neutra.
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